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Em guerra e em paz, quem mal sai, mal jaz


Mas na minha opinião foi um erro punir tão drasticamente a Alemanha no pós guerra, e não digo isso pelo sangue alemão que corre nas minhas veias, mas sim por causa da visão estratégica que meu pai me ensinou a ter. Não se pode sufocar alguém sem esperar resistência, principalmente um  alemão. Tomar os domínios adquiridos na campanha bélica ainda é um motivo sensato ao meu ver, mas explorar o povo obrigando a pagar uma indenização além de suas possibilidades, além de apropriar-se de suas riquezas minerais era o mesmo que bater em alguém incapaz de se defender. Entendo porém que assim foi feito para evitar que a Alemanha voltasse a ter ambições militares que pudessem interferir no equilíbrio político e econômico Europeu. As potencias da época trataram logo de se unir contra a ameaça alemã, que buscava de todas as formas ser mais participativa na distribuição de poder europeia. Tentou de várias formas, tentando conquistar colônias no Marrocos, anexando territórios ao longo da Europa, buscando rotas comerciais que favorecessem seu comércio, mas nenhum de seus movimentos agradou os demais participantes do jogo de poder na Europa. A Alemanha foi esmagada e foram criados mecanismos para mantê-la desta forma, só que as potencias vencedoras da Grande Guerra se esquecem que todo povo oprimido cria forças contra o opressor, uma força canalizada contra um inimigo comum e potencializada por cada cidadão alemão. Espero que essa reação não desencadeie grandes problemas mais tarde.

 
04 de Janeiro de 1920

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